Psicologia da Saúde na Semana Acadêmica: uma abordagem sucinta sobre a automutilação não suicida na adolescência
Resumo
A presente resenha tem por
objetivo dissertar pontos importantes abordados na semana
acadêmica sobre a
automutilação não suicida e as causas que o norteiam enquanto adolescente. À partir
de informações coletadas na palestra e links indicados na mesma é abordado aqui
alguns aspectos importantes a serem divulgados para assim reconstruir a
informação sobre outros paradigmas, além de criar novas formas de repassar o conhecimento.
O comportamento do indivíduo enquanto adolescente altera
de maneira característica, podendo levar a comportamentos passivos assim como
comportamentos autodestrutivos. O adolescente se mostra inocente boa parte
desse período, age sem pensar no resultado das suas ações e depende muita de um
tutor. Aprender ou saber como agir com essas mudanças abruptas se torna
desafiador quando se tem a influência negativa de pessoas próximas ou até mesmo
da Internet e os grupos os quais faz
parte.
Considerando, encontra-se adolescentes com baixa
autoestima, sem rumo e até mesmo adolescentes que se sentem aliviados quando se
autossabotam para aliviar a “pressão” da escola e da família sobre eles. Esses
adolescentes podem vir a ter ideações suicidas, desejo de não existir, de
acabar com a dor intrínseca ou até mesmo cometerem a automutilação, podendo ser
em casa ou como na escola diante do seu grupo. Segundo Giusti (2013, p.5-6), “A
automutilação é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo
agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio”. À partir
disso, as escolas e os familiares, no momento que tomam conhecimento, buscam interação
com órgãos de saúde para erradicar esses comportamentos. A problemática sobre
isso ainda pode se encontrar no tempo ou nível de pensamento suicidas em que o
adolescente se encontra, uma vez que, o mesmo sabe esconder bem seus anseios,
acarretando a demora no seu atendimento e resposta de socorro. Giusti (2013, p.
6) ainda mapeia as formas frequentes de automutilação, as quais ele denominou como
o ato de cortar a própria pele, bater em si mesmo, queimar-se , morder-se e
arranhar-se. Isso mostra que nem sempre os ferimentos serão visíveis, mais um
ponto para atentar-se.
Em perspectivas atuais, pode-se considerar a grande
influencia das redes sociais, das séries de TV, a famosa Netflix e os grupos da
rede de comunicação mais utilizada, o WhatsApp. Esses são meios em que podem
apoiar os comportamentos autodestrutivos na adolescência. Segundo Rosa (2017
p. 370), em uma pesquisa online que fizeram com 7.784 adolescentes, entre 12 a
18 anos de idade, mostra que a série 13
Reasons Why resultou em influencia negativa para esse grupo fragilizado.
Destacou pontos de interferência como: o humor deprimido, a tristeza, a
estagnação de comportamento autodestrutivo e ressaltou que 20% desses
adolescentes não pensaram em alternativas positivas para a protagonista da
série sem ser o suicídio. Mais uma forma de chamar a atenção para o acompanhamento
das atividades, nas redes, desses adolescentes, sendo que o comportamento
diferenciado nem sempre é escondido de forma eficaz pelos mesmos.
Contudo, a Psicólogo Mara apresenta a importância das
pesquisas sobre a automutilação, pois se faz necessário a divulgação dessa
problemática com a ajuda da Psicologia da Saúde. Tendo em vista que, quando o assunto é abordado de forma convicta
pelas escolas, pelos familiares e pelos próprios adolescentes, o quadro de
ocorrências começa a apresentar mudanças positivas. Ainda que, essa facilidade
de pesquisa, de entendimento, de mudança cultural do conhecimento, não é abordada
no Brasil, atentando para um maior número de pesquisas internacionais sobre o
assunto de automutilação.
Os estudos apresentados na semana acadêmica, pela
Psicólogo, pode-se considerar que o adolescente em sua necessidade de cessar a
dor emocional causada pelos acontecimentos diários, pois tudo para o
adolescente é intenso, passa a fazer cortes profundos no corpo os quais muitas
vezes precisam levar pontos, com apresentou as imagens na palestra. Segundo
Martins (2018, p. 174), o adolescente acaba acometendo sobre si pensamentos
distorcidos que irão contribuir para a pessoa aliviar a dor psíquica na física.
À partir disso, cria-se esses rituais, passando de grupo em grupo e tornam-se
assuntos de redes sociais vindo a ser muitas vezes noticiários público. E é com
esses resultados que os especialistas no assunto devem se preocupar. Psicólogos,
escolas e famílias devem ter a consciência de estarem atuando juntos em
beneficio da promoção e prevenção da saúde com qualidade desses adolescente,
pois é um dos períodos mais importantes para a formação de identidade diante da sociedade e suas transformações.
Referências Bibliográficas
GIUSTI, Jackeline Suzie. Automutilação: características
clinicas e comparação com pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo. 2013. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-03102013-113540/en.php>
Acesso em: 05/09/2018.
MARTINS, Michelle de Sousa Fontes et al.
Compreensão da prática da automutilação como consequência dos pensamentos
automáticos ou distorcidos= Understanding the Practice of Self-Shake as a
Result of Automatic or Distorted Thoughts. In: Congresso Internacional de Psicologia da Criança e do Adolescente. 2018. p. 174-175.
Disponível em: <http://actas.lis.ulusiada.pt/index.php/cipca/article/viewFile/671/658>
Acesso em: 05/09/2018.
ROSA, Gabriel
Santana da et al. Impacto da série" 13 reasons why" na saúde mental
de adolescentes. Clinical and biomedical
research. Porto Alegre, 2017. Disponível em: < https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/179194/001060327.pdf?sequence=1>
Acesso em: 05/09/2018.
SEMANA acadêmica
de Psicologia. ULBRA Canoas-2018_Palestra
sobre a automutilação não suicida na adolescência. Evento presente:
30/08/2018 às 19:18 horas.
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